NASA anuncia descoberta de 715 novos planetas

A chance de estarmos sozinhos no universo se reduzem cada vez mais, isso porque os cientistas que procuram planetas parecidos com a terra já contabilizam mais de 1.700 exoplanetas (planetas fora do nosso sistema solar) descobertos, segundo a NASA. O último grande anúncio da Missão Kepler da Nasa aconteceu na última quarta-feira (26/02/2014): foram descobertos 715 novos planetas que orbitam 305 estrelas, revelando sistemas de múltiplos planetas muito parecido como nosso sistema solar.
Quase 95 por cento destes novos planetas descobertos são menores que Netuno, que é quase quatro vezes o tamanho da Terra. Esta descoberta marca um aumento significativo no número de planetas conhecidos de pequeno porte, mais parecidos com a Terra do que exoplanetas previamente identificados.
 
                                                                Concepção Artística: NASA

Conheça um pouco mais sobre a Missão Kepler da NASA e os novos planetas descobertos clicando em “leia mais”.
 
A Missão Kepler foi lançada em março de 2009, e é a primeira missão da NASA para encontrar planetas do tamanho da Terra potencialmente habitáveis​​. As descobertas incluem mais de 3.600 candidatos a planetas, dos quais 961 foram confirmados como mundos com possibilidade de vida.

                                            Concepção artística do Telescópio Espacial Kepler: NASA

Desde duas décadas atrás os astrônomos começaram a identificar exoplanetas que orbitam outras estrelas. Os estudos eram realizados em um difícil processo de verificação planeta por planeta.
 
Agora, os cientistas contam com novos e sofisticados equipamentos que dão suporte à Missão Kepler da NASA e novas técnicas que, com base em estatíticas, permitem que muitos plentas sejam encontrados e pesquisados de uma só vez em sistemas que possuem mais de um planeta orbitando a mesma estrela.

Os novos exoplanetas

Quatro desses novos planetas são menos do que 2,5 vezes o tamanho da Terra e a órbita na zona habitável de seu sol, definido como o intervalo de distância de uma estrela onde a temperatura da superfície de um planeta em órbita pode ser adequado para a água líquida que gera a vida.

Um desses novos planetas situado em zona habitável, chamado Kepler- 296f, orbita uma estrela da metade do tamanho do nosso Sol, embora seja 5 por cento mais brilhante. Este explaneta (Kepler- 296f) é cerca de duas vezes o tamanho da Terra, mas os cientistas ainda não sabem se o planeta é um mundo gasoso, com uma grossa cobertura de hidrogênio em hélio, ou é um mundo de água cercada por um oceano profundo.

Jason Rowe, pesquisador do Instituto SETI em Mountain View, Califórnia, e co-líder da pesquisa enfatizou que "Quanto mais nós exploramos mais descobrimos traços familiares de nós mesmos entre as estrelas que nos fazem lembrar de casa.", destacando a similaridade desses novos sistemas descobertos e o nosso sistema solar.
 
Os resultados da pesquisa, já com as novas descobertas, serão publicados em 10 de março no The Astrophysical Journal e estão disponíveis para download no sítio da NASA.
Para mais informações sobre o telescópio espacial Kepler, visite o sítio da Missão Kepler da NASA.
 
Fonte: NASA http://www.nasa.gov/ 

Estrelas supervelozes criam imagens fantásticas

O que podemos ver nesta imagem do recém-lançado Telescópio Espacial Spitzer da Nasa? Por incrível que pareça os arcos da fotografia são fenômenos criados quando uma estrela muito veloz causa um grande impacto nas nuvens de gás e poeira de sua própria galáxia.
A estrela causadora dessa fantástica cena cósmica é conhecida como Kappa Cassiopeiae, ou HD 2905 para os astrônomos. Ela é enorme, uma supergigante quente movendo-se numa velocidade em torno de 1.100 km por segundo. Pelo seu tamanho e com a velocidade que se move entre as partículas de gás e poeira que preenchem os espaços entre os vários corpos da sua galáxia, a estrela cria um choque conhecido como choque de proa, e que muitas vezes pode ser visto na frente das mais rápidas e maiores estrelas.
 
Imagem: NASA/Spitzer

Conheça o comportamento chocante de uma estrela veloz e entenda como o funciona o fenômeno clicando em "leia mais".


O comportamento chocante de uma estrela veloz

Segundo a NASA, o tamanho da estrela e sua velocidade quando mergulha na galáxia faz com que os campos magnéticos e o vento de partículas que fluem fora de uma estrela colidam com o difuso, e, geralmente invisível, gás e poeira que preenche o espaço entre as estrelas. Como estes choques há a emissão de ondas de luz, diz os astrônomos, sobre as condições em torno da estrela e no espaço. 


Já as estrelas lentas em movimento, como o nosso Sol, criam curvaturas com os choques mas são quase invisíveis em todos os comprimentos de onda da luz, ao contrário de estrelas velozes como Kappa Cassiopeiae que ao colidir com os fragmentos faz com que os choques possam ser vistos por detectores de infravermelho do Telescópio Spitzer.
 
É um show cósmico que envolve tamanho e velocidade.

Fonte: NASA
http://www.nasa.gov/

Itokawa: a anatomia de um asteroide

Uma grande quantidade de corpos celestes choca-se frequentemente com planetas do Sistema Solar. Para entender o que pode acontecer quando essas colisões acontecem os cientistas do European Southern Observatory (ESO), realizaram um grande estudo para dessecar um estranho asteroide conhecido como Itokawa. As primeiras imagens desse objeto foram capturadas pela sonda japonesa Hayabusa, em 2005, e intrigaram os astrônomos por seu formato de amendoim.
 
Imagem: ESO European Souther Observatory

Veja como o ESO conseguiu, pela primeira vez, entender a variada composição do núcleo de um asteroide e como esses dados podem ajudar a proteger o planeta clicando em "leia mais".


Utilizando o NTT (sigla do inglês, New Technology Telescope), a equipe de cientistas do descobriu a primeira evidência de que os asteroides têm uma estrutura interna extremamente variada, ou seja, partes diferentes do asteroide Itokawa têm densidades diferentes.

Essas descobertas podem revelar inúmeros segredos sobre sua formação, além de ajudar a entender como os planetas são formados e, por exemplo, o que aconteceria se ele se chocasse com a Terra ou outro planeta do Sistema Solar.

 
Imagem: NTT/ESO

Para entender o que existe no interior do asteroide Itokawa, os astrônomos liderados por Stephen Lowry (Universidade de Kent, RU) utilizaram observações muito precisas a partir da Terra, medindo a velocidade em que ele gira e como é que esta taxa de rotação varia com o tempo. Além disso, foram combinados dados sobre a irradiação de calor. 

Reunindo todas essas informações e mais imagens recolhidas entre 2001 e 2013 pelo NTT/ESO, instalado no Observatório de La Silla, no Chile, a equipe determinou a variação do brilho do objeto à medida que ele gira. O próximo passo foi combinar todas essas informações com a forma do asteroide, o que permitiu explorar o seu interior - revelando pela primeira vez a complexidade que se encontra no seu núcleo.

Assim, apresentando a medição do Itokawa que demonstra uma estrutura interior com densidade extremamente variada, a equipe de astrônomos marca a história das observações de corpos celestes. Até agora, as propriedades do interior dos asteroides apenas podiam ser estimadas com medições globais aproximadas da densidade. 

O resultado do estudo da equipe do Dr. Lowry levou a muitos outros questionamentos sobre à formação de Itokawa. Uma das possibilidades é que o asteroide se tenha formado a partir de dois componentes de um asteroide duplo depois de ter havido colisão e fusão desses dois objetos.

Fonte: European Souther Observatory/ESO http://www.eso.org/

 

VLT: imagens magníficas do telescópio mais avançado do mundo

No deserto do Atacama, norte do Chile, numa montanha de 2.635 metros de altura, conhecida com Cerro Paranal, totalmente rodeada por uma região de clima desértico e distante de centros populares, está localizado o Observatório Astronômico Cerro Paranal. Ali, distante de tudo, foi construído o maior e mais avançado telescópio do mundo: o conjunto de telescópios chamado VLT (da sigla em inglês Very Large Telescope).

Imagem: European Southern Observatory/ESO

Veja como o VLT funciona e mais as belas imagens já capturadas pelo telescópio clicando em "leia mais".


O VLT é o instrumento óptico mais avançado do mundo, sendo composto por quatro telescópios com espelhos principais de 8.2 metros e quatro telescópios auxiliares móveis, com espelhos de 1.8 metros. 

Os telescópios podem funcionar em conjunto, formando um gigantesco ”interferômetro”, o ESO Very Large Telescope Interferometer (VLTI), que permite aos astrônomos observar detalhes com precisão superior (até 25 vezes) à dos telescópios individuais. Essas imagens tem precisão que seria possível, por exemplo, distinguir individualmente dois faróis de um carro na Lua.

Já os quatro telescópios de 8.2 metros e que também podem ser usados individualmente, com uma exposição de apenas uma hora, podem obter imagens de objetos que tem quatro bilhões de vezes menos luminosidade do que aqueles que conseguimos ver a olho nu.

O VLT consolidou-se como a infraestrutura terrestre mais produtiva em resultados de observações e contribui grandemente para tornar o European Southern Observatory/ESO o observatório astronômico terrestre que mais produz dados astronômicos sobre o espaço. 

Também proporcionou uma nova era de descobertas, tendo sido pioneiro e responsável por várias descobertas científicas notáveis, incluindo a primeira imagem de um exoplaneta, descobrindo estrelas individuais movendo-se em torno de um buraco negro de grande massa no centro da Via Láctea, e observando o brilho residual da mais distante explosão de raios gama conhecida.

O ESO produziu um trailer que retrata a grandiosidade do complexo de telescópios e exibe imagens magníficas de observações e pesquisas do VLT. Para ver o filme clique aqui.

As mais belas imagens do universo


Além de produzir uma grande fonte de pesquisas para astrônomos, empresas e cientistas, o VLT captura as mais belas imagens de planetas, estrelas, sistemas, galáxias, nebulosas e outros objetos intergalácticos.

Abaixo temos cinco imagens capturadas pelo Very Large Telescope e disponibilizadas em um ranking de 100 (Top 100) pelo European Southern Observatory. O ranking completo pode ser acessado clicando aqui.

O Very Large Telescope captura uma maternidade estelar
e celebra quinze anos de operações

Imagem infravermelha VISTA da
Nebulosa de Orion

A Nebulosa Helix

Imagem VST da região de formação
estelar Messier 17

Uma paisagem estelar de 340 milhões de
pixels obtida a partir do Paranal

O ESO em português

Também é possível acompanhar as descobertas do European Southern Observatory/ESO, em português, no site oficial do observatório com traduções do Dr. Gustavo Rojas, do Núcleo de Formação de Professores, Universidade Federal de São Carlos, clicando aqui.

O professor Dr. Gustavo Rojas publica matérias no blog do Grupo de Astronomia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Clique aqui para ler o blog.

Fonte: European Southern Observatory/ESO
http://www.eso.org